[Resenha] A Menina que Roubava Livros - Markus Zusak




Nome: A Menina que Roubava Livros
Autor (a): Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Ano de lançamento: 2007
Número de páginas: 384
Onde comprar: Compare Preços
Nota: 


A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que lhe dá lições de leitura. Alfabetizada sob vistas grossas da madrasta, Liesel canaliza urgências para a literatura. Em tempos de livros incendiados, ela os furta, ou os lê na biblioteca do prefeito da cidade.

A vida ao redor é a pseudo-realidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela História. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto - e raro - de crítica e público.

Liesel é uma menina que bem nova seria dada aos cuidados de uma outra família por sua família ser comunista e estar sendo perseguida pelos nazistas da época e falta de condições de sua mãe. Porém durante a viagem de ida para a nova cidade acaba testemunhando a morte de seu irmão e "roubando" seu primeiro livro, um de muitos ainda a ser constatados na história. A princípio sem saber ler, muito menos escrever, a menina tem uma forte atração pelos livros, onde acabam realmente salvando sua vida.

A história se passa mais precisamente nos anos entre 1939 e 1943, durante a Segunda Guerra mundial. Liesel chega em uma rua pobre da cidade de Molching na Alemanha e é acolhida por Rosa, uma dona de casa bem rabugenta e Hans um pintor, bom homem e acordeonista. Acaba conhecendo Ilsa mulher do prefeito e dona de uma incrível biblioteca na cidade, Rudy seu amigo e grande amor nunca concretizado, Max um judeu que foi escondido em sua casa em plena época hitlerista e alguns outros personagens que vão fazer parte de muitas de suas histórias.

Markus Zusak, como ele nos diz ao fim do livro, sempre teve em mente em um dia escrever uma história diferente, algo que nunca tinha escrito antes, sobre um ladrão de livros, quem sabe, e ao somar com a idéia de escrever sobre o que seus pais um dia chegaram a ver ao crescer naquele cenário da Alemanha nazista a ideia o pareceu perfeita e deu no que deu. O livro contém dez capítulos, e dividido em várias outras histórias dentro do capítulo. Não contem muito diálogo o que acaba deixando sua história mais cansativa e demorada a se desenrolar. Mas sua narrativa é feita pela grande protagonista de mudanças na vida de qualquer um, a morte, e que acaba nos encantando com tamanha comoção e serenidade ao ser descrita de um outro modo pelo autor, dizendo que não tem aquela aparência amedrontadora e rígida, mas que sente temperaturas, odores e até mesmo gosta de cores e alguns nomes.

A sua edição brasileira foi feito pela editora Intrínseca que fez um ótimo trabalho. Margens e letras em um tamanho bom, trocas de capítulos com todos os nomes das histórias que serão contadas e a capa que é sem comentários né, sempre encantou muitos desde sempre com seus poucos desenhos deixando a capa bem limpa mas com o contraste de cores ainda mais incrível.





*Curiosidade*
Vocês sabiam que "A menina que roubava livros" é o livro mais abandonado do Skoob?! 

Penso que deve ser pela falta de diálogo que acaba mesmo deixando toda a história mais lenta e nas suas primeiras cem paginas já causa um grande desanimo no leitor. É aconteceu com mais de 9000 pessoas e comigo também, mas por algum motivo resolvi terminar de ler e agradeço mesmo por ter continuado porque com certeza o final vale muito a pena, sem contar que não consegui desgrudar do livro no fim, bem diferente do começo.

A Menina que Roubava Livros é um ótimo livro e super recomendo para os amantes de romance, ficção e também interessados pela história da época nazista, segunda guerra mundial e etc, pois mostra o lado dos alemães no momento.

4 comentários:

  1. Super concordo, o começo do livro é bem chatinho, mas ao decorrer da história vai compensando o que teve de ruim no começo, rs.
    leituramagnifica.blogspot.com.br

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  2. Oi Suellen! Adorei sua resenha! Comecei a ler A Menina que Roubava Livros na semana passada e, como você disse, o começo é bem enroladinho e algumas vezes eu pensei em deixar pra lá. MAS, como já li tantos comentários bons, resolvi dar continuidade e ler até o finalzinho. Estou bem curiosa para o final! Espero que seja realmente surpreendente! :D

    Beijinhos! www.primeiro-livro.com

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  3. Eu amoo esse livro com todas as forças do meu ser (tá, sem exageros rsrs)
    Sou completamente apaixonada pelo enredo, pelos personagens. Nossa, quem termina o livro é felizardo. Não vejo a hora do lançamento do filme *--*
    http://www.viciodiario.com/

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    1. Verdade viu rs Eu também adorei esse livro Gabriele e amanhã (terça) vou postar os mais lindos quotes e vou falar do filme também que estou esperando com todas as forçasss, venha conferir haha bjs

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